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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Adeus, ano velho...

foto: luke chan (http://www.flickr.com/people/lukechanchan/)


E lá se foi mais um ano! Passou rápido, né?
Parece que foi ontem que a gente vibrou quando saiu a listinha do PNBE 2012: quatro livros selecionados! Também temos certeza que só deve ter alguns dias que recebemos a notícia dos sete livros nossos( três com selo Altamente Recomendável) fazendo parte do Catálogo de Bolonha da FNLIJ... ou será que foi há mais tempo que isso?
Tivemos também seis livros selecionados pelo programa Minha Biblioteca, da Prefeitura de São Paulo e, pra fechar com chave de ouro, ainda fomos finalistas do Prêmio Jabuti, na categoria juvenil.
Uau! Quando a gente escreve assim, tudo junto, é que se dá conta de que 2011 foi um ano e tanto! Não dá nem pra fazer o clássico post mal-humorado reclamando do ano velho e torcendo pro ano novo chegar logo. Foi muita coisa boa, muitos livros publicados, muita gente nova pintando... rolou até uma casa nova!
É... aqui na Escrita Fina, 2011 não vai tarde, não. Vai no tempo dele, fechando um ciclo pra abrir alas pro próximo: um 2012 cheio de desafios novos. E não vai ser moleza superar 2011, não... Prevemos muito trabalho duro a nossa frente!

Mas tivemos um presentão muito maior que todas as indicações e prêmios. 2011 nos deu vocês, nossos leitores. Em 2010, quando começamos, vocês eram tímidos, quietinhos, ainda meio desconfiados dessa editora nova tentando se infiltrar nas estantes de todo o mundo. Em 2011, crescemos e aparecemos... e ganhamos mais um espacinho no coração de vocês. O Facebook bombou, o Twitter ganhou um monte de seguidor novo! Fizemos grandes parcerias e lemos um montão de coisa bacana sobre nós pelos comentários dos blogs por aí. Agora é pra valer, né? Já podemos engatar num relacionamento sério =)
É por vocês que estamos na labuta pra garantir um próximo ano ainda mais bacana. Já tem muita coisa engatilhada pro ano que vem começar com o pé direito! Novos projetos, novos livros, novos sonhos... 
A gente se vê lá, em 2012, na livraria mais próxima. Combinado?

Feliz Ano Novo!!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Celebrando o dia internacional de mudar o mundo

Ilustração de Aline Haluch para o livro A lenda do Alecrim


"Nem três passos tinham sido
dados, quando, pela primeira vez,
o alecrim, repleto de alegria,
viu nascerem de dentro de si
pequeninas flores da cor do
manto daquela abençoada Mãe.

E de seu seio brotou a mais
delicada e inconfundível
fragrância que até hoje
podemos sentir e sorver.
graças à ventura que viveu
o alecrim, naquela noite em
que auxiliou Maria recebendo
sobre suas folhas as roupas
do Santo Menino."

do livro A lenda do Alecrim, de Hellenice Ferreira

Por mais esquisito que seja ver um Papai Noel de trajes nórdicos em pleno calor tropical brasileiro, não tem como negar: já é Natal na Leader Magazine! Ok... ainda faltam bons 9 dias até o Natal de fato, mas pisca-pisca  espírito natalino é o que não anda faltando nas últimas semanas. E espírito natalino é bom demais.
Muita gente acha que Natal é só pra ganhar presente e comer rabanada, mas não é bem assim. Natal é a festa da renovação, da solidariedade, da reflexão e de botar a mão na massa pra ver o mundo ficar melhor. E nem precisa ser católico, apesar dessa festa toda ter surgido por causa do nascimento de Jesus. Portanto, se você é ateu, judeu ou qualquer outro "eu", podemos combinar de fazer tudo isso independente da religião? Você nem precisa chamar de "Natal" se não quiser. O que vale é o espírito da coisa ;-) 
Quer entender melhor? Leia este conto (e o resto do livro também) do Augusto Pessôa e repete com a gente: "o importante é dar amor".
Feliz Natal... ou "dia de começar a mudar o mundo" pra vocês!


A LENDA DA FLOR DA NOITE SANTA

Do livro Contos de Natal, de Augusto Pessôa

       Diz a lenda que um menino chamado Diego, morador de uma aldeia de montanha no México, queria levar flores para a igreja na véspera de Natal. Este é um velho costume do país. Todos os anos, nessa época, as pessoas vão a pé até as igrejas levar flores para depositar aos pés do Menino Jesus. Mas Diego era pobre e não tinha dinheiro para comprar flores frescas. As outras crianças zombavam dele:
       - Que feio, Diego! Você nunca leva flores para o Menino Jesus!
       - Não leva porque não tem dinheiro pra comprar!
       Diego não ligava para a zombaria. Ele ficava triste porque tinha muita vontade de presentear o Deus Menino. Procurava flores no campo, mas era inverno nessa época e o frio intenso não deixava uma só flor viva.
       Mas houve uma véspera de Natal diferente. Nesse dia, o menino estava sozinho no campo tentando achar alguma flor mais resistente quando ouviu uma voz suave. Uma voz que parecia de um anjo:
       - Diego, pegue as ervas daninhas que crescem apesar do frio e dê de presente para o Deus Menino!
       O menino ficou assustado. Procurou por todos os lados tentando encontrar o dono daquela voz, mas não encontrou ninguém. E a voz insistia no pedido:
       - Diego, pegue as ervas daninhas que crescem apesar do frio e       dê de presente para o Deus Menino!
       Ainda assustado o garoto respondeu:
       - Mas eu não posso dar ervas daninhas para o Menino Jesus!   Ele não vai gostar disso!
       E a voz de anjo disse num tom suave:
       - O mais simples presente, quando dado com amor, é sempre o mais bonito! Com certeza o Menino Jesus ficará satisfeito!
       Ainda sem saber se estava tomando a atitude certa, Diego pegou um bom punhado de ervas daninhas e foi caminhando devagar até a igreja da aldeia. Quando chegou lá, viu várias crianças depositando as flores mais lindas na manjedoura do Deus Menino. Sem querer chamar a atenção, Diego depositou as ervas com todo amor aos pés do Menino Jesus. Mas as crianças ficaram revoltadas:
       - Que absurdo! Olha o que o Diego está fazendo! Dando ervas daninhas de presente para Nosso Senhor!
       - Esse menino só pode estar maluco!
       O pequeno Diego, muito envergonhado, já ia tirar as ervas da manjedoura quando aconteceu uma coisa fantástica! As plantas daninhas se transformaram em lindas flores vermelhas com folhas verdes brilhantes. Diego ficou espantado. Eram as flores mais lindas que ele já tinha visto. As crianças e os outros moradores da aldeia se ajoelharam diante do presépio. Diego entendeu, enfim, o significado do que o anjo lhe dissera: o maior presente para o Menino Jesus era o dom de dar amor.
       A flor passou a ser chamada pelos mexicanos de "Flor da Noite Santa".

Vinde, pastorinhas,
Vamos a Belém,
A ver se é nascido
Jesus, o nosso bem!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Orgulho de fim de ano

É senso comum que em fim de ano tudo para... as pessoas ficam reflexivas, meio com preguiça, já saturadas de um longo ano de trabalho duro. Mas como a gente curte muito dar um chega pra lá no senso comum, aqui ninguém fica parado, não senhor. Já perceberam como agora tem lançamento toda semana? Pois é... esta semana tem de novo! E é muito, muito especial. Bem... na verdade todos são, mas dá uma pontona de orgulho a mais ver que a UNESCO tá curtindo a gente também. 

Nesta quinta-feira a coisa vai ser um pouquinho diferente. A Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio vai fazer as honras na apresentação de O terrível guerreiro, de Maria Clara Cavalcanti e Jack, o mestre dos mestres, de Augusto Pessôa. Vai ter sessão de autógrafo e contação de história. E, de quebra, dá até pra tirar umas dúvidas sobre a África e a Escandinávia....
Oi?
Não, não estamos doidos e não é o departamento de geografia que presidirá o cerimonial. É que os livros são, respectivamente, releituras de um conto popular africano e um conto popular escandinavo. Aliás... se você adicionar umas orelhinhas de Mickey, umas vassouras animadas e muita água, o Jack vai lhe parecer bem familiar ;-) Não pescou? Clica aqui

Mas vamos largar o computador só um pouquinho e ler os livros? É só aparecer lá na PUC! Mais informações no convite abaixo. 



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Este não é mais um livro sobre ciganos

Pelo menos não do jeito que você costuma ver por aí. Aqui você não vai ver cigano ludibriador, que finge ver futuro, que dá maus conselhos e só pensa em enganar os outros pra levar um trocadinho. Nossa! Vendo assim tudo junto parece que ciganos são péssimas pessoas, né? Mas vem cá... quantos ciganos você conhece? Quem disse que eles são assim?

A Cristina estuda esse povo há 25 anos e afirma categorigamente que ciganos são assim que nem eu e você: gente. Deveria ser uma constatação óbvia, né? Mas as vezes os preconceitos estão tão enraizados na nossa mente, que nem percebemos o quão cruel podemos ser com as pessoas diferentes de nós. Ainda mais quando se fala de um povo com uma mitologia tão vasta e interessante. Bem melhor vê-los por esse lado, né?

E se você pegar um cigano e juntar com uma outra população excluída: a dos meninos de rua? Como fica? Será que eles se estranham ou se unem pra sobreviver? Pois essa é a história de Qualquer chão leva ao céu: Latsi, o cigano sozinho no mundo e Jorge, o menino de rua tão sozinho quanto ele. Nessa celebração da diversidade, aprendemos a olhar as pessoas não pela sua etnia ou condição social, mas pelo lado que mais interessa: o humano. 

E pra quem quiser conhecer mais sobre os ciganos, nós e a Cristina preparamos não só um lançamento para o livro, mas um verdadeiro festival sobre cultura cigana. Ok, não é pra tanto... Mas tem música, dramatização, leitura e uma expert no assunto pra conversar com a gente. Tá de bom tamanho, né? Vai ser quinta, 19 horas, no Museu da República. Bora lá?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sábado na Malasartes


Um dia, quando ainda éramos uma editora bebê com meia dúzia de livros no catálogo, a Angélica Lopes apareceu na nossa vida. E até hoje a gente não larga dela.... Coitada, está grudada com duct tape nos nossos corações para toda e eternidade MUA-HA-HA! Curtiram a risada maligna? Pois de maligna a Angélica não tem nada. Nem a gente.
Tudo começou com Coração de bicho, leitura obrigatória pra quem quem gosta de viver fortes emoções. Depois veio A coitadinha, que agora ganhará uma leitura dramática.
A coitadinha é a história de Milena Pena, que se acha uma pobre coitada e vê tuuuuuuuuuuudo pelo lado negativo. Até que  Vinícius Ventura, um otimista inveterado, surge na vida dela e faz uma revolução. E aí? Quem contagia quem? Milena triunfa com seu mau humor ou Vinícius com seu sorriso eterno? Isso só indo lá na Malasartes, amanhã, sábado, às 16 horas... ou lendo o livro! O convite tá aqui embaixo, ó. Agora é só aparecer lá ;-)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Se você fosse um bicho, que bicho gostaria de ser?



Este é o mote de Soltando os bichos, escrito por Rosana Ferrão e Dylan Ralphes e ilustrado por Humberto Barros. Uma brincadeira entre mãe e filho que virou livro e será lançado no próximo domingo (27/11), às 19 horas, na Argumento do Leblon. 
Para Rosana e Dylan, cada bicho tem uma personalidade diferente, que nem gente. Então será que se fôssemos bicho, teríamos personalidade de bicho... ou de gente? Isso só lendo o livro e soltando a imaginação!
Mas... e se pudéssemos estender essa brincadeira pra outros campos? A Escrita Fina quer saber: e se você fosse um livro, que livro seria? Conta pra gente ;-)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Parabéns, Candelária!

Ilustração de Luciana Grether Carvalho para o livro Cordel da Candelária

A igreja da Candelária, um dos grandes marcos arquitetônicos, artísticos, turísticos e culturais (ufa!) do nosso Rio de Janeiro completou 200 aniversários este ano. Você conhece a história dela? Pois a Sandra Lopes ( lembra dela no Convite carioca?) conhece muito bem! E foi assim que ela montou, junto com as belas ilustras da Luciana Grether, esse presentaço chamado Cordel da Candelária. 
O livro será lançado lá mesmo, sábado, dia 26, às 9 da matina. É cedo, nós sabemos, mas quando vocês virem aqueles painéis espetaculares do pintor João Zeferino da Costa, o sono vai embora rapidinho!

E como está virando moda nesse blog que vos fala, tem entrevista comemorativa de novo! Cola aqui com a gente pra conhecer mais sobre a Sandra e a Luciana =)

Sandra Lopes


De onde saiu a ideia de fazer um livro sobre a Candelária?

Tudo começou ao escrever o Convite Carioca. Fiz vários passeios pela cidade, inclusive ao centro histórico. Destas andanças pelo Rio Antigo vieram os poemas: Os Arcos, Paço Imperial e ali pertinho uma estrofe gigante me olhava: a Candelária, majestosa e imponente! Resolvi então atender ao seu chamado e comecei a pesquisar sobre a sua construção. Deparei-me com tantos nomes, fatos e curiosidades que o texto da Candelária foi seguindo seu modelo arquitetônico e cresceu, cresceu de tal forma que se tornou uma construção textual digna de ser cantada em um cordel.

Por que um cordel?

Gosto da musicalidade, do ritmo, da construção dos versos. O tema combinou e se afinou com este gênero poético, tão popular e brasileiro. Ao mesmo tempo a riqueza do erudito com o popular e o singelo com o majestoso se fez pelo rendado das ilustrações de Luciana Grether Carvalho e com os painéis da Candelária.

Qual a sensação de ter o lançamento do livro no lugar que o inspirou, a própria Candelária?

É a segunda vez que lanço um livro no lugar de inspiração de um dos meus textos. Foi o caso do Convite Carioca que foi lançado na livraria Arlequim,
no Paço Imperial, e agora é a vez do Cordel na Candelária. É o chão da história rimando com o texto. É pisar na história com pegadas de poesia. É a arquitetura do texto se juntando à arquitetura da forma. A sensação é de fechar ou melhor de abrir com chave de ouro! A alegria é tanta que assim que soube que o lançamento seria na Igreja da Candelária, passei por lá umas três vezes pra rascunhar a emoção.

Não é o seu primeiro livro tendo o Rio como tema. Explique pra gente esta paixão.

Paixão a gente não explica. A gente sente. E não estou só neste caso de amor. Tem muito carioca de Minas, carioca da Bahia, carioca de Recife, carioca de Londres, dos Estados Unidos, que me acompanha. O Rio abraça todos os Brasis e todo o mundo!

E planos para o futuro? Conta pra gente o que vem por aí?

Conto, mas só se for em cordel! Vem por aí o Cordel da Cavalhada e o Cordel de Chico Rei. Coincidência ou não, todos eles começados pela letra C de cordel e tendo como fio a história de outras culturas que fazem parte do nosso Brasil.

Luciana Grether Carvalho



O que você acha da Candelária como patrimônio artístico e cultural da cidade?

A Igreja é fruto de uma promessa e essa é a condição da realização de tantas festas brasileiras... a história me encantou e me faz admirar ainda mais a construção.  

Qual sua parte preferida do livro?
A chegada da tripulação no Rio de Janeiro exausta de tanto mar, procurei representar a beleza da cidade e a emoção dos personagens. E é justamente essa ilustração que vem chamando mais a atenção das pessoas pra quem apresentei o livro.  
Que técnica usou nas ilustrações?

As figuras são recorte de papel, depois de digitalizadas compus as ilustrações no photoshop. As xilogravuras populares em cordéis foram inspiração para essa opção pelo preto e branco em alto contraste. Fiquei muito encantada com o resultado e mais ainda com os comentários como os da Sandra, que fez uma bonita leitura das ilustrações: é um trabalho rendado, a delicadeza dos traços e a riqueza de detalhes deram um "colorido" especial ao livro.  

O livro é uma comemoração pelos 200 anos da inauguração da igreja. Como você se sente como parte de uma celebração tão especial? Deu frio na barriga na hora de ilustrar?

Fiz uma pesquisa a partir de referências em fotos das diferentes épocas que testemunharam a construção. Estive lá, como sugere a autora em seu texto, e as pinturas de Zeferino da Costa representando os passos da construção da Candelária são uma aula de história e de arte, vale mesmo a visita.

Quando você se descobriu ilustradora?
Me descobri ilustradora em 1998, quando ilustrei o primeiro livro, quando aprendi que ser desenhista é diferente de ser ilustradora. A ilustração tem o compromisso com o texto e é um exercício contar também uma história com as imagens. Mas essa descoberta acontece a cada novo projeto.
Já temos projeto novo aqui na Escrita Fina pra você. Está animada? Qual o seu próximo passo no mundo da ilustração?

Maravilha! Contem sempre comigo! Participar de grupos de ilustração é um sonho recorrente...


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Você conhece a Abayomi?

Foto de Ivone Perez para o livro Vida que voa
Então venha conhecer na quinta-feira! Mas se você, por acaso, estiver longe da Livraria Kitabu, na Lapa, não tem problema: é só procurar a livraria mais próxima e se deliciar com o Vida que voa.

Nesse livro de Lena Martins, com ilustrações da própria Lena, da Luciana Grether Carvalho e da Carolina Figueiredo, tudo gira em torno da Abayomi. Lena é uma grande militante do movimento de mulheres negras, que com a ajuda da arte popular, procura trabalhar questões de coscientização social. Mas ela não fez tudo sozinha... outras mulheres também ajudaram a formar essa linda cooperativa, fundada em 1988. Arrasou, hein Lena! E a mulherada também!

As Bonecas Abayomi são sempre negras, já que têm as culturas africanas por trás delas. Sem cola nem costura, são feitas de retalhos e nós apenas. São personagens do dia a dia, de contos de fada, orixás... não importa muito. O que interessa é a história e a mobilização social por trás delas: racismo, sexismo, violência... todos esses assuntos desconfortáveis, mas que devem (e merecem!) ser debatidos. No Vida que voa a coisa não é tão pesada assim, mas só de ter as bonecas Abayomi como personagens, podemos sentir todo o poder cultural da cooperativa. 

E como não damos ponto sem nó, o lançamento tinha que ser num mês superespecial e que tem tudo a ver com a proposta da Lena e sua Abayomi: novembro, mês da cultura nacional (dia 5) e mês da consciência Negra (dia 20 ). Então, que tal botar todo seu lado africano pra quebrar e visitar a Kitabu, pro lançamento do Vida que voa? Vai ser dia 17 de novembro, quinta-feira, às 18h30. 
Esperamos vocês!


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Entrevista com Mirna Brasil Portella e Camila Carrossine

Domingo tem lançamento de Chuá! Chuá! Gota d'água, céu e mar e pra vocês entrarem no clima, seguem duas entrevistas bacaníssimas! Primeiro vamos conversar com a Mirna, autora do livro, e depois com a Camila, que vocês já conhecem, ilustradora desse e de mais um montão de publicações nossas.
Vamos lá?

Mirna Brasil Portella, autora



Como surgiu a inspiração para o livro Chuá! Chuá! Gota d´água, céu e mar?
Essa história nasceu de um desejo de falar sobre liberdade. A água, o rio preso que queria ser do mundo foi uma metáfora que eu usei para falar do desejo de estar em todos os lugares. E tentei fazer isso de uma forma lúdica. Definir o sentimento de liberdade para uma criança, não é algo que se possa fazer facilmente. Então, o que fiz foi construir uma história que pudesse provocar a sensação de liberdade. Desde criança a água sempre me trouxe essa sensação, o banho de chuva, de rio, de mar. Mas o texto tem vida própria. Fui sendo levada pela minha própria escrita, esse rio de palavras que, às vezes, corre sem pedir licença. Acabei escrevendo uma história sobre o ciclo da água! Depois, foi aparar as arestas.

 Qual é a sensação de lançar o primeiro livro?
Ah, é muito recompensador. É como um filho que nasce, mas que ultrapassou os nove meses de gestação. Trabalhei muito para isso, dediquei muito do meu tempo e aprendi a ter paciência, a perseverar. Foram três anos de plantio e agora acho que a época da colheita chegou. Mas é preciso seguir plantando, sempre. Senão, nada acontece.

Vc já tem outros livros a caminho?
Sim, já tenho. Nesses três anos de batalha para publicar o primeiro livro, nunca deixei de escrever. Em 2012, tem novidade chegando.

O que é a literatura infantil para vc, qual é o sentido dela para vc?
Acho que a literatura para crianças é uma porta definitiva para o mundo da literatura. E ela é tão cheia de possibilidades! Na prosa, por exemplo, gosto muito da linguagem mais próxima da oralidade, isso traz a criança mais para perto do texto. Já no texto poético, na poesia, isso é mais relativo, porque a criança não precisa entender Ipsis litteris o significado do texto. O mais importante é a sensação que ele provoca. E a leitura, assim como a memória, passa, antes de tudo, pelo afeto.
Outra coisa é que a criança vive a literatura, assim como nós, os adultos. Mas a criança não racionaliza, vive de maneira mais intensa e mais lúdica, mergulhando profundamente na história. E quando mais cedo isso acontece, mais ela se familiariza com o universo literário.




Camila Carrossine, a ilustradora



Como foi o seu processo criativo para esse livro?

É sempre muito inspirador ter um texto de qualidade para ilustrar, e a Escrita Fina (leia-se: a querida Laura) é muito boa nas escolhas. 
Primeiro pensei de maneira mais ampla, no conceito da água, no que ela significa e em sua fluidez. Por isso a opção de fazer ilustrações que começam em uma página e continuam na seguinte, e na seguinte... a idéia era dar um movimento aos desenhos - para valorizar o ciclo. Acompanhando esses movimentos, coloquei o texto, variando sua forma e tamanho, para que se integrasse às imagens.


Que técnicas de ilustração você usou?

Sei que para alguns amantes de ilustração isso pode ser frustrante. Mas não usei tintas, pincéis ou lápis de cor. Usei basicamente o computador, um mac já um pouco antigo, um software chamado photoshop e uma tablet Wacom para desenhar e pintar.


          O que te chamou mais atenção no texto da Mirna?

Ah, o texto dela é lindo! Tão sensível. Gosto do texto inteiro, mas minha parte preferida é o início: "No fundo do planeta Terra, lá no fundo, bem no fundo, havia um lago preso que queria ser do mundo". Ela fala de poesia, de liberdade, e também de lençol freático. 
É muito fácil encontrarmos textos que explicam algum assunto que acabam sendo chatos, mas Mirna consegue fugir disso nos trazendo um texto leve e fluído como o próprio tema.


           O que você sentiu quando viu o livro pronto?

Foi uma surpresa, eu não estava esperando e ele chegou aqui em casa. Foi muito gratificante ver o cuidado que a Escrita Fina teve com esse projeto. A impressão caprichosa sobre o papel reciclado que eu tinha pedido para o livro me emocionou. 
Por utilizar computador como ferramenta, sinto uma satisfação maior de ver o objeto livro, pronto, impresso e pegável.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Boo!

foto: Rob Sheridan

Hoje, meu povo, é Halloween! E por mais que os nacionalistas mais fervorosos não fiquem muito felizes com isso, não adianta espernear... o Dia das Bruxas já é uma realidade no Brasil. Como vocês sabem, nós não nos importamos nem um pouquinho em ter mais um motivo pra fazer festa e estamos adorando o clima assombrado ;-) 
Por algum motivo (alguém sabe qual é?), o fim de outubro e o início de novembro giram em torno dos seres do além. Daqui a pouquinho temos o dia de Finados aqui em terras brasileiras, mas apesar de provavelmente sermos o povo mais farrista do mundo, não rola uma festinha de nada. Vovó até contava que na época dela nem se ligava o rádio ou a televisão em respeito aos falecidos. Finados é um dia tristinho, tristinho, feito pra doer o coração de saudade daqueles que já partiram. E aí você deve pensar: mas lógico que não se faz festa num dia desses, né? Onde já se viu festejar os mortos?
Todo ano se vê festejos no México, ora! O "Dia de los Muertos", por incrível que pareça, é o feriado mais animado da terra do sombrero. O negócio lá é quase um carnaval! Cultura é uma coisa engraçada, né? Pra gente é superesquisito fazer uma festança em torno da... morte. Pra eles deve ser estranhíssimo ver a gente chorando e desligando eletrodomésticos pelos falecidos. 
Celebrando ou chorando baixinho, de uma coisa a gente tem certeza: essa coisa toda de falar de gente que morreu começa a arrepiar os pelinhos da nuca de medo de alma penada, né não? E como estamos no clima "bruxa má", vamos deixar vocês mais arrepiados ainda com uma dica de leitura danada de assustadora: Contos macabros. Uma compilação com 13 contos absolutamente apavorantes de autores clássicos da literatura brasileira.
Eu sei que "autores clássicos da literatura brasileira" já assustam naturalmente e não no bom sentido. Mas confiem na gente aqui e descubram que literatura clássica nacional pode ser muito bacana. E muito assombrada também!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Na traaaaaaaaaaaaave!

foto: http://www.flickr.com/photos/csessums

É gente, não foi dessa vez... Chegamos bem pertinho mesmo, quase lá, mas não deu pro O gosto do Apfelstrudel levar o Jabuti. Quem sabe na próxima, né? Mas ó... não estamos nem um cadinho desanimados!!! Chegamos perto, pertíssimo, fizemos bonito e, pra arrematar, ainda tivemos essa trocida linda da galera, vulgo vocês.
E ano que vem tem mais... já pensou se fosse tipo Jogos Panamericanos e só rolasse de 4 em 4 anos? Aí sim a gente morreria do coração. Mentira, morreria nada... Ganhar prêmio é sempre gostoso, mas legal mesmo é publicar os livros ;-)
E, só por curiosidade, a gente pergunta: pra que livro nosso você daria o seu Jabuti pessoal?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Feliz desaniversário pra nós!


Desde criança contam pra gente que a boa é celebrar aniversários. Não temos nada contra, achamos ótimo. Mas e os desaniversários? Como ficam? Ainda mais que na vida nada acontece em datas redondas, né? No nosso caso foi bem assim. E... nós já temos um certa quedinha por desaniversários normalmente. 
Mais ou menos um ano e meio de vida e PÁ! um finalista no Prêmio Jabuti. 

A boa acontece na categoria literatura juvenil, com um clássico dos clássicos: Gustavo Bernardo. O gosto do apfelstrudel, um dos campeões de lágrimas do nosso time de livros, é finalista da categoria. Eu diria favorito, mas não vamos nos precipitar que o jogo só termina quando o juiz apita.

Com toda essa alegria... só temos a dizer pra vocês:

FICA, VAI TER BOLO!


Porque todo dia é dia de comemorar, mas hoje tem gostinho especial. Gostinho de... JABUTI =P 

Ou aperitivo de Jabuti, já que ainda estamos mais ou menos em 30 minutos do segundo tempo e a briga tá boa pela vaga na Libertadores premiação. E aí? Vocês vão torcer pra gente? 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Que rufem os tambores!

Foram dias de inquietude. A cada foto que chegava por e-mail todos nós pensávamos: é essa!!! Mas aí chegava outra e de novo o coro... é essa! Olha, foi um perrengue escolher, hein!

Tivemos lindas fotos que não preencheram os requisitos (ou o livro não era da Escrita, ou a pessoa não tava lendo o livro etc, etc, etc), mas... e daí? Ficamos felizes do mesmo jeito! Infelizmente, o fair play diz que seria injusto que tais fotos entrassem na briga pelo milhão livro novo da Helena. Mas foi tão bacana, mas tão bacana ver a carinha de vocês... =) Não fiquem tristes, não.

Mas vamos parar com essa vibe João Kleber e dizer logo a sortuda do dia? Bem... ela tem blog, ela é legal e ela tá lendo um Moisés Liporage legítimo na foto. Glaucea, sim senhora, é você que abriu a porta da esperança, querida! Chega aí, pode entrar, toma um cafezinho que logo, logo Helena Gomes tá assinando o seu livro novo pra você ficar ainda mais cool.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Foi dada a largada!

Super editora e super heroína lado a lado na Bienal


Ontem, na abertura da Bienal do Livro, eu estava lá. O clima literário era muito gostoso e soprava ininterruptamente uma brisa inventiva (não deve ter havido profissional do livro que tenha saído de lá sem uma nova ideia germinando na cabeça).
Está tudo muito bonito, inclusive no nosso estande no pavilhão verde, P26. Aos que forem à Bienal, não deixem de passar por lá e de se deleitar com  a nossa produção. Sim, os livros estão bem bacanas: textos excelentes, ilustrações belas e total apuro gráfico.Sei que soa cabotino, mas...
E, nesta edição da feira do livro, estamos lançando, nesta semana, a primeira ópera-rock  literária: A maldição da rainha do rock, de Mathilda Kóvak. Texto divertido, regado a suspense e muito rock' n' roll. Em tempos de Rock in Rio, nada melhor...
Saudações literárias,
Laura van Boekel

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Bienal do Rio Rock Festival


No dia mundial do rock, a gente fez um longo discurso sobre como música e literatura se completam e, pra provar por A mais B nossa teoria, ainda jogamos na roda um lançamento de uma ópera-rock.... literária! A boa notícia é que ela está pronta, minha gente!
A maldição da rainha do rock chegou juntinho com a nossa Bienal do Rio pra fazer uma entrada digna de rockstar. Junto com outros grandes autores mundias, Mathilda Kóvak vai desfilar pelo tapete verde (verde? é... eu sei, tinha que ser vermelho, mas o pavilhão é verde...) levando pela mão não um lencinho à moda Steven Tyler, não uma guitarra à moda Keith Richards, mas,sim, um LIVRO.

Bienal, tremei!
Pode um livro ser assim tão rock'n'roll? Será que Mathilda dará um moshpit na galera? Será que ela volta pro bis? Nós ainda não sabemos, mas se tratando de Mathilda, tudo é possível. E eu, se fosse você, não perderia por nada esse momento histórico.
Woodstock é para os fracos, baby...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mais uma semana de promo!


foto: http://www.flickr.com/photos/chaparral/

Pra não dizer que não falei das flores somos legais, ficamos sensibilizados com os atrasadinhos. Portanto... que rufem os tambores!... a nossa promo das "Pessoas legais que leem" vai ganhar uma sobrevida até 5 de setembro. Estamos em estado de graça com a bienal e coisa e tal. Sabe como é, né? Mas, olha só, depois disso, acabou a mamata! Então... corram!

Estão lembrados das regras?
Ok, ok... A gente repete.
Seguinte, o lance é mostrar pra gente como você pode ser um leitor e ser absolutamente cool ao mesmo tempo. Certo? Então você vai pegar um livro da Escrita, botar a cabeça pra funcionar e fazer um carão daqueles enquanto o lê. No meio do caminho alguém tira uma foto. Você manda a foto pra gente no e-mail contato@escritafinaedicoes.com.br até dia 5 de setembro e... cruza os dedos!

O risco? Ganhar o Sabor de sangue e chocolate, da Helena Gomes, em primeira mão e autografado. Que tal?

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sangue e chocolate


Estamos amando muito as fotos. E que venham mais, muito mais! Então, pra não deixar morrer a animação, que tal um book trailer amigo? Hein?
O tempo tá correndo e já, já  o dia 26 taí. Quem ainda não participou não perca mais tempo.

Do que estamos falando? Vamos relembrar?

"Que tal mostrar pra gente a sua foto lendo? Melhor... que tal mandar a foto e ainda correr o risco de ganhar o novo livro da Helena Gomes em primeira mão, autografado pela própria?
É simples... Vocês têm até 26 de agosto pra nos mandar via e-mail (contato@escritafinaedicoes.com.br), link, facebook, twitter e adjacências uma foto bem bacana lendo um livro da Escrita Fina. A foto mais legal leva o Sabor de sangue e chocolate antes de todo mundo. Fechou?
Então 1, 2, 3 e... já!"


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pessoas legais que leem

Kate Winslet lendo no Awsome People Reading

Então, pessoas, estavam com saudades dos nossos posts random? Pois eles estão de volta! Como vocês sabem, nós somos superengajados na campanha "Ler também é Legal" (sim, inventei esse nome agora) e foi assim que descobri uns tumblrs bem legais por aí. Vocês que são adolescentes, me contem aí, nas revistas que vocês leem os artistas falam dos seus livros preferidos? É comum? Você já comprou algum livro porque descobriu que "ó! a beyoncé tá lendo, então deve ser ótimo!"? Bem... na minha época cof! cof! tinha disso não. Ler era cafooooona... Até mamãe me achava esquisita por gostar mais dos livros do que de televisão. 
Se a coisa continua puxada nesse lado nerd (apesar de que nerd anda na moda, né?), eu dou uma dica pra vocês se sentirem melhor. É o tumblr "Awesome People reading" que mostra fotos dos nossos ídolos... lendo livros! Ou você acha que o showbizz é feito só de roupas de marca e maquiagem? Não, senhores e senhoras! Pessoas bacanas também pegam seus calhamaços de papel e mandam ver.
Tá se sentindo rejeitado por ser um ratinho de biblioteca? Eis uma boa dose de autoestima. Afinal, não dá é pra parar de ler, né? Isso é inconcebível!

Imagem de Cool People Reading
No mesmo clima, um autodenominado fotógrafo ninja resolveu andar por aí tirando fotos de... pessoais legais lendo. Não são os nossos ídolos, são pessoais legais como eu e você (reparem que eu parto da premissa de que EU sou legal. Sentiram a autoestima lá em cima?). O Cool People Reading é isso. Mas ele tira as fotos sem as pessoas saberem, então, crianças não façam isso em casa! 
Mas vocês perceberam aonde eu quero chegar? Existe um monte de gente legal lendo por aí e a gente nem sabe, porque ninguém fala disso. Tá na hora de falar, né? =)

Que tal mostrar pra gente a sua foto lendo? Melhor... que tal mandar a foto e ainda correr o risco de ganhar o novo livro da Helena Gomes em primeira mão, autografado pela própria?
É simples... Vocês têm até 26 de agosto pra nos mandar via e-mail (contato@escritafinaedicoes.com.br), link, facebook, twitter e adjacências uma foto bem bacana lendo um livro da Escrita Fina. A foto mais legal leva o Sabor de sangue e chocolate antes de todo mundo. Fechou?
Então 1, 2, 3 e... já!