Bom, a ideia foi minha, então cá estou eu para prestar uma singela e pequena homenagem ao país que está sofrendo uma das maiores tragédias que já vimos.
Aliás, pra ser bem sincera, desde que isso tudo começou, o meu humor despencou pra uma escala negativa (ok, quem me conhece vai dizer que esse é o meu normal -_-").
Mas, em vez de mau humor, o que eu sinto é uma tristeza profunda. Obviamente esse tipo de catástrofe afeta todas as pessoas com um mínimo de sensibilidade... Mas, particularmente, fiquei muito triste por vários motivos, e acho que o principal deles é um meu gostar muito do Japão. Não sou uma grande estudiosa de seus costumes nem nada no gênero. (Tá, eu amo mangás, animes, conheço pouco mas gosto de J-Rock, e o idioma japonês é um dos que mais quero aprender nessa vida, tenho verdadeiro fascínio por ele. E, vou te falar, isso vem de longa data...) E ver todas as imagens de destruição, tristeza e perigo, e a reação daquele povo, sempre tão gentil e delicado, mostrando que a educação é a solução (vamos combinar, galera: zero saque. Z-E-R-O! Vocês conseguem imaginar isso acontecendo em outro lugar?), sei lá... Aquilo me abateu seriamente, e achei que a gente não podia deixar de mencionar o fato e de como sentimos imensamente por isso...
Aqui na Escrita Fina, a gente tem um livro, A sétima noite de verão, da nossa querida Janaina Tokitaka, que ilustra e reconta uma história popular japonesa. Além das ilustrações lindas, o conto é muito bonito. É sobre dois jovens deuses – Orihime e Hikoboshi – que se apaixonam, mas, ao viverem esse amor, colocam em risco o equilíbrio da vida na Terra. E aí surge este impasse: será que é necessário sacrificar para sempre um amor tão lindo? Pra descobrir, tem que ler o livro... ^^
A lenda ainda nos conta que na sétima noite do sétimo mês de todo ano, Altair e Vega – duas estrelas muito brihantes – se encontram no céu, e uma grande festa é realizada no Japão. E dizem que se você quer muito algo, deve escrever seu pedido em uma fita de papel e amarrar no galho de uma árvore para conseguir sua realização. O conto se baseia em um dos maiores festivais japoneses, o Tanabata Matsuri (o Festival das Estrelas), que é comemorado também no bairro da Liberdade, em São Paulo.
Quando eu li esse livro, ainda não trabalhava efetivamente na Escrita Fina (fiz a revisão como freelancer). Eu me lembro de quando a Laurinha me ligou para passar o trabalho e eu aceitei na hora, simplesmente porque tinha a ver com o Japão... E o livro não me decepcionou: imagens belas, história linda (aff, sou romântica ainda, oh dear...). Bom, tirem suas próprias conclusões : ) Vale a pena!
E, nessa de desejar muito algo, eu desejo que as coisas se resolvam da melhor maneira possível, que eles consigam superar mais uma tragédia em sua história (Hiroshima e Nagasaki também foram de uma tensão histórica...) e que na sétima noite do sétimo mês deste ano de 2011 eles já tenham forças suficientes para comemorar sua superação, que, tenho certeza, vai ocorrer...
Bom, esse é meu desejo profundo agora... Que Orihime e Hikoboshi me ouçam um pouquinho adiantados! : )
またね ; )
Carol